Uma homenagem à bebida que move o Brasil
Você já parou para pensar como o café está presente em praticamente todos os lares do Brasil? Pois é. Somos uma nação apaixonada por essa bebida — e isso não é de hoje. Desde o século XIX, o café tem um papel central na nossa história, economia e cultura.
E é justamente por isso que hoje, 24 de maio, a gente comemora o Dia Nacional do Café, data criada pela ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café para celebrar o início da colheita em boa parte das regiões cafeeiras do país. É o momento em que novos grãos começam a ser colhidos, dando início a uma nova safra. Para os apaixonados por cafés especiais (como nós!), é também uma época cheia de expectativa e aromas no ar.
Um pouco da nossa história cafeinada
O café chegou ao Brasil em 1727, pelas mãos do sargento-mor Francisco de Melo Palheta, e logo encontrou solo fértil e clima ideal para crescer. Daí em diante, virou protagonista: impulsionou a economia, moldou cidades e até influenciou decisões políticas.

Hoje, o Brasil segue firme como o maior produtor e exportador de café do mundo, com destaque especial para os grãos arábica, conhecidos pela qualidade e complexidade de sabores.
Safra 2025: o que esperar?
A safra brasileira de café em 2025 está projetada para alcançar 55,7 milhões de sacas beneficiadas de 60 kg, representando um crescimento de 2,7% em relação à safra anterior. Esse aumento é significativo, especialmente considerando que 2025 é um ano de bienalidade negativa, quando naturalmente se espera uma redução na produção devido ao ciclo bianual da cultura do café.
O crescimento é impulsionado principalmente pela recuperação nas produtividades médias das lavouras de conilon (robusta), que devem atingir um novo recorde histórico de 18,7 milhões de sacas. Esse resultado é atribuído à regularidade climática durante as fases críticas das lavouras, beneficiando floradas positivas e uma boa quantidade de frutos por rosetas.

Por outro lado, a produção de café arábica está estimada em 37 milhões de sacas, o que representa uma redução de 6,6% em comparação com o ano anterior. Essa queda é reflexo do ciclo de baixa bienalidade e de condições climáticas adversas, como períodos secos prolongados que afetaram o desenvolvimento das plantas.
Minas Gerais, principal estado produtor de café arábica, deve colher aproximadamente 26 milhões de sacas, uma queda de 7,4% em relação a 2024. Já o Espírito Santo, maior produtor de conilon, espera uma produção de 13 milhões de sacas, um aumento de 33,1% em comparação ao ano anterior, impulsionado pelas boas precipitações registradas no norte do estado.
Com esses números, o Brasil mantém sua posição como principal produtor e exportador mundial de café, destacando-se pela capacidade de adaptação e resiliência dos produtores diante das variáveis climáticas e do cenário econômico global.
Por que celebrar?
O Dia Nacional do Café é mais do que uma data simbólica: é uma forma de reconhecer o trabalho de milhares de produtores, valorizar o café de qualidade e incentivar o consumo consciente dessa bebida que é quase um patrimônio brasileiro.

E aqui na Grão, essa data também marca o compromisso com uma cadeia justa, com cafés especiais e com o prazer de difundir o café bom, fresco e cheio de histórias.
Agora, conta pra gente nos comentários:
Como você gosta de tomar seu café? Já experimentou algum grão colhido recentemente?
Abraços cafeinados e um feliz dia do café com muito café!